
Cheguei a Portugal semana passada. As cores do outono estão estonteantes. Amarelos, laranjas, vermelhos, rosas, marrons. A natureza é sábia e deixa para trás o que precisa ficar para trás de maneira belíssima.
Para vir a Portugal passar quase dois meses por aqui imersa no que esse tempo representa para mim, passei meses fechando processos no Brasil, para estar aqui inteira, com a energia recolhida nos planos desses próximos dois meses.
Finalizei meus ciclos de atendimentos individuais, encerrei um ciclo de parceria com a Perestroika, estive com família e amigos conversando sobre o temas importantes, cuidando dessas relações para que seguissem adubadas enquanto eu estou fora. Fiz pagamentos, lavei roupa, arrumei a casa, reguei plantas e as coloquei ao ar livre, limpei os cristais, entreguei objetos de amigos que estavam comigo.
Para abrir novos caminhos, me dediquei a fechar velhos.
Escolhi fazer isso da maneira mais elegante que pude, com planejamento, cuidado, diálogo.
Hoje, admirando as cores das folhas que caem, a natureza me contou que o desapego é necessário e pode ser feito de maneira elegante.
As folhas, quando caem, vão para o solo, protegendo-o do frio do inverno porvir. Com o solo protegido, as sementes que ali estão podem se preparar para brotarem saudáveis na primavera. O desapego é necessário para cuidar da prosperidade da vida.
O que hoje te tira mais energia do que te dá? Ao que você está agarrado, com medo de deixar para trás? O que está te impedindo de ir para a próxima fase da sua vida com mais inteireza?
Como você pode fazer essa poda de maneira elegante e bonita, cuidando do que precisa ser cuidado?
Deixe ir para deixar vir.
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